terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Ser afetivo e profissional – Qual o ponto de equilíbrio?

Vamos continuar a revisar abordagens relativas à gestão de pessoas com bases em teorias de aprendizagem. Para nos situarmos teoricamente vamos a uma breve descrição da “Teoria da Afetividade,”.

Henri Wallon postulou que a afetividade (dimensão emocional desenvolvida através de interação) é um fator catalisador no processo de aprendizagem e desenvolvimento do indivíduo, sem este o indivíduo não atingira o auge de suas potencialidades sócio-intelectuais. Entre as fases de sua teoria está a “afetividade categorial” onde a partir da puberdade o ser humano exige respeito, igualdade e justiça. Quando isso não ocorre o mesmo se sente rejeitado no circulo social. Existe também a consciência do “eu” individual e o “eu” integrado, igual e diferente ao mesmo tempo.

O objetivo de aplicar uma abordagem afetiva é desenvolver o colaborador não somente nas questões intelectuais-técnicas, mas em seu crescimento pessoal como um todo. O lado intelectual (cognitivo) precisa do lado emocional (afetivo) para se desenvolver. Quantos são os casos de funcionários brilhantes que não conseguem estabelecer elo sócio-emocional com colegas e lideres por falta de uma visão mais humana entre ambos?

O líder para conseguir essa evolução precisa criar possibilidades de interação social entre os colaboradores. Pode parecer até óbvio, mas como gostar de uma pessoa que você nem conhece? Como sentir-se igual e respeitado se ninguém sabe quem você é?

Ser profissional com afetividade é um dos pontos de equilíbrio para que o colaborador sinta-se realizado como pessoa (“eu” individual) e a organização consiga reter esse profissional por mais tempo através do “eu” integrado. Desejo união a todos e muito obrigado pela leitura.

Convido vocês para continuar o estudo no artigo “Trabalho em equipe e Zona de Desenvolvimento Proximal.”.

Fonte: WALLON, H. As origens do caráter na criança. São Paulo: Nova Alexandria, 1995.

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