segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O problema da comunicação é o “filtro eu” e ponto!



Os filtros do eu são empecilhos naturais, porém precisamos ter ciência de suas influências sobre o processo de comunicação para extrair o melhor das nossas interações.

Algo que me tocou sobre os filtros do eu, foi o choque com uma frase que durante os estudos de empatia ficou na minha cabeça: “Coloque-se no lugar do outro”. Quando você diz “eu entendo o que você está sentindo” não ajuda a diminuir os “filtros do eu” durante as conversas. Apenas estou adequando a percepção dos sentimentos alheios aos meus julgamentos para que a conversa tenha “sentido” o mais rápido possível.

Então qual é o caminho que podemos adotar para evitar tais distorções? É difícil (às vezes quase impossível rss) deixar o eu de lado durante uma conversa, principalmente quando estamos irritados, nervosos, estressados (a sociedade atual não é assim quase todo o tempo?) ou apenas querendo “vencer” a conversa. Neste caso o entendimento sairá derrotado.

Após o processamento inconsciente da informação formamos um rótulo sobre as pessoas, porém nesse momento podemos intervir. Caso não estejamos preparados para isso podemos disparar automaticamente comportamentos que não são “racionais”. 

O preconceito negativo e precipitado é o “muro da Berlim” entre duas pessoas.

É importante tentar não julgar e perceber quando está sendo julgado. A falha ocorre pelos problemas na escuta ativa e reflexiva. Devemos segurar a emissão de julgamentos baseados em nossos princípios e valores (junto com a ansiedade de conclusão) em um primeiro momento evitando assim os rótulos automáticos.

A negação da existência de outra visão (ou o “entendimento” precipitado) leva ao não reconhecimento dos motivos do outro. Sem concordância nos aspectos fundamentais é impossível estabelecer conectividade com outro ser.

É necessário prática e determinação para ouvir com concentração o outro, afinal parafraseando o ditado Narciso acha feio o que não é eco! Muitas vezes os motivos alheios são o remédio para os males da alma surda. Ouça com atenção (não julgue), seja curioso ao ouvir, entenda as razões do outro e reflita sobre o rótulo que será dado.


Fonte

FLAXINGTON, Beverly D. Como se relacionar melhor com as pessoas.

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